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UFPE não terá mais vestibular exclusivo para as engenharias

Isabelle Figueirôa
Isabelle Figueirôa
Publicado em 06/11/2015 às 9:06
Além da civil, o CTG reúne as engenharias de alimentos, de controle e automação, de materiais, de minas, elétrica, eletrônica, mecânica, naval e química
Além da civil, o CTG reúne as engenharias de alimentos, de controle e automação, de materiais, de minas, elétrica, eletrônica, mecânica, naval e química FOTO: Além da civil, o CTG reúne as engenharias de alimentos, de controle e automação, de materiais, de minas, elétrica, eletrônica, mecânica, naval e química

Imagem de materiais de trabalho do engenheiro civil. Foto: divulgação Além da civil, o CTG reúne as engenharias de alimentos, de controle e automação, de materiais, de minas, elétrica, eletrônica, mecânica, naval e química

Não haverá mais vestibular no meio do ano, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), para preenchimento de 410 vagas do conjunto de engenharias CTG, no câmpus Recife, ofertadas no segundo semestre. A partir de agora, o ingresso será exclusivamente pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), como já acontece com as vagas da primeira entrada.

Para concorrer no Sisu, coordenado pelo Ministério da Educação, basta o candidato ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Desde o ano passado, a UFPE decidiu abolir o vestibular e colocar todas as vagas de graduações no sistema do MEC. As exceções eram a segunda entrada do conjunto de engenharias, na capital pernambucana, e o curso de engenharia civil da unidade acadêmica de Caruaru, no Agreste. As primeiras turmas compostas por candidatos do Sisu começaram a estudar no início deste ano.

“Foi feita uma avaliação pela Câmara de Graduação, formada por coordenadores dos 17 cursos do centro, e observamos que o desempenho dos estudantes que ingressam pelo Sisu é semelhante ao dos que fizeram vestibular”, informa o diretor do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), Alexandre Schuler. “Por isso não tínhamos como justificar a continuação do processo seletivo próprio”, explica.

Segundo Schuler, a avaliação foi feita a pedido da Pró-reitoria para Assuntos Acadêmicos (Proacad), que levantou a possibilidade de acabar com o concurso separado do Sisu. Um dos argumentos seria o alto custo de realização do vestibular próprio.

O vice-diretor do CTG, Afonso Sobreira, diz que em 2016 o curso de engenharia de produção deixa de integrar o conjunto das engenharias. Por isso, em vez de abrir 395 vagas na primeira entrada, serão 355. Mas as 40 vagas de produção continuarão sendo ofertadas. Para o segundo semestre permanecem 310 vagas.

Compõem o conjunto do CTG as seguintes engenharias: civil, de alimentos, de controle e automação, de materiais, de minas, elétrica, eletrônica, mecânica, naval e química. Nesse formato, todos os estudantes cursam um ano de básico, com as mesmas disciplinas. Somente após os dois primeiros semestres eles se separam e seguem direcionados para uma dessas 10 engenharias.

CARUARU – O diretor do Centro Acadêmico do Agreste, Manoel Alcoforado, diz que a coordenação de engenharia civil solicitou que fosse mantido o vestibular para preenchimento das 40 vagas do curso. “Enviamos ofício para a Proacad, mas não sabemos se seremos atendidos”, ressalta.

O pró-reitor acadêmico da UFPE, Paulo Goes, deve falar nesta sexta-feira (06)  sobre o assunto. A previsão é de que ele também detalhe o quantitativo de vagas da UFPE no Sisu 2016 e divulgue a tabela de pesos que serão aplicados nas provas do Enem.

Fonte: Jornal do Commercio