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Intercâmbio: as vantagens de estudar em uma instituição com vínculos internacionais

Allan Nascimento
Allan Nascimento
Publicado em 18/12/2017 às 17:35
Bruna Rodrigues foi estudar arquitetura no Chile
Bruna Rodrigues foi estudar arquitetura no Chile FOTO: Bruna Rodrigues foi estudar arquitetura no Chile

Programas como o Ganhe o Mundo (para estudantes do ensino médio) e Ciência Sem Fronteiras (que, a princípio, teve como foco levar universitários para instituições no exterior) deram oportunidades para que milhares de alunos do Estado e de todo o Brasil tivessem a chance de estudar em outros países. Promover intercâmbio, como temos visto, se tornou uma política pública que só confirma a importância de se adquirir vivência internacional durante o período de formação. E é sobre isto que vamos conversar neste post.

Se você tem interesse em passar por essa experiência e já se prepara para ingressar em um curso superior, precisa ficar atento na hora de escolher onde pretende cursar a graduação. Por quê? Porque diversas faculdades e universidades têm vínculos com outras entidades acadêmicas espalhadas pelo mundo e estudar em uma instituição assim tem inúmeras vantagens - em alguns casos, dá para conseguir, de modo menos burocrático, aproveitar os créditos das disciplinas que você cursou no outro país.

“Precisamos sair da zona de conforto”

Bruna Rodrigues (foto) faz parte do grupo de estudantes que decidiu se aventurar por novos cenários. Aluna de arquitetura da Faculdade dos Guararapes, com campi no Recife e em Jaboatão dos Guararapes, ela foi cursar o 4° período da graduação na Universidade Andrés Bello (UNAB), em Santiago, no Chile. Para ela, que vai conseguir aproveitar praticamente todas as disciplinas que cursa atualmente, a experiência tem sido bastante transformadora.

“Eu sempre tive muita vontade de estudar fora, mas não tinha condições financeiras para isso. Foi quando vi um anúncio na página da FG sobre o programa de bolsas do banco Santander. Me inscrevi, mas não tinha muita esperança de ganhar. Alguns meses depois a FG ligou informando que havia sido selecionada e foi aí que a ficha começou a cair, de que realmente aquilo que eu sempre quis iria se tornar real”, explica.

Bruna Rodrigues, aluna da Faculdade dos Guararapes, foi estudar arquitetura em Santiago, no Chile

Bruna comenta que o que a motivou a fazer um intercâmbio foi a possibilidade de conhecer uma cultura diferente e aprender um novo idioma, mas outras vantagens foram se revelando para ela durante o processo. Conhecer como é o mercado de trabalho para arquitetos em outro país foi um destes ganhos.

“Acredito que, para ser um profissional completo, é preciso sair da nossa zona de conforto. Aprender novas técnicas, conhecer novas pessoas, entender o mercado de trabalho em relação ao seu curso… Acredito que é um importante impulso no currículo, já que hoje em dia as empresas buscam profissionais que pensem além do convencional”, destaca.

Quando a faculdade abre portas para o intercâmbio

Na Faculdade dos Guararapes, onde Bruna estuda, os alunos podem fazer intercâmbio entre o segundo e o penúltimo períodos da graduação. A FG faz parte da rede Laureate, presente em 25 países. Quem faz cursos de artes, arquitetura, administração, design, educação, engenharia, ciências da saúde, medicina, direito, hospitalidade, entre outras áreas, têm a oportunidade de adquirir conhecimento profissional em vários países graças ao programa de intercâmbio que conecta todas as instituições do grupo.

O programa é pago (apesar de existirem opções como a de Bruna, que viajou com despesas custeadas), mas, dependendo do curso e da universidade onde você vai estudar, o aluno consegue viajar pagando a mesma mensalidade que pagaria no Brasil - isto sem contar os custos de hospedagem, passagens, alimentação, etc.

“A vantagem do intercâmbio acadêmico entre instituições da rede Laureate é que o aluno não precisa trancar sua matrícula, ele viaja e não perde o vínculo no Brasil. Durante o processo de nomeação, o coordenador do curso seleciona as disciplinas que ele poderá cursar no país de destino e que serão aproveitadas aqui. Então ele terá essa experiência internacional e não atrasará a graduação”, comenta Amanda Barros, analista de Internacionalidade da FG.

Ela também estudou fora do País e explica que a vivência lhe trouxe resultados importantes. “Não é clichê quando falamos que uma experiência internacional abre portas no mercado de trabalho. Eu sou uma prova disso, o intercâmbio que realizei há oito anos abriu as portas aqui na instituição. As empresas buscam isso, pessoas capacitadas, com uma segunda língua, profissionais seguros e que tenham uma mente aberta. Ter um intercâmbio no currículo com certeza aumentará as chances de conseguir o emprego desejado.”

“Um divisor de águas”

Manoela Costa, gerente executiva da Page Talent - unidade vinculada ao PageGroup, grupo especializado no recrutamento de executivos -, explica que o mercado vê de forma bastante positiva os profissionais que tiveram vivência internacional. “Mais do que adquirir um segundo idioma, essa experiência de morar longe da família é bastante valorizada, os jovens acabam se tornando mais maduros depois de um aprendizado como esse. É algo que os mentores com quem trabalhamos pedem muito. Aos 19 anos eu resolvi fazer o mesmo e foi um divisor de águas para mim”, observa.

Ela destaca que algumas áreas e seleções requerem mais isso dos universitários. “O intercâmbio é vantajoso para candidatos que querem fazer programas de trainee, por exemplo. Posso dizer que nesses programas cerca de 95% dos aprovados moraram fora do país. E a procura por estudantes que tiveram essa experiência também é alta em seleções de estágio para o mercado financeiro. Morar no exterior traz uma série de benefícios e isso independe da idade do profissional”, finaliza.

Saiba mais

A Faculdade dos Guararapes está com as inscrições abertas para o vestibular 2018.1. Clique aqui e saiba mais sobre os cursos e sobre o processo seletivo para ingresso na instituição.