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Saiba quais são os erros mais comuns na redação do Enem

Allan Nascimento
Allan Nascimento
Publicado em 19/09/2017 às 9:32
Redação nota máxima
Redação nota máxima FOTO: Redação nota máxima

No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a redação tem uma responsabilidade quase que determinante para a aprovação do estudante no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Na avaliação, ela é a única nota que não está sujeita à Teoria de Resposta ao Item, método utilizado pelo Inep na correção das provas objetivas.

Assim, a redação é a única das cinco notas que somam a média do Enem em que o candidato pode alcançar mil, que é a nota máxima - apesar de, por conta da TRI, existir uma rara possibilidade do estudante ultrapassar esse teto. Só que, por trás dessa aparente "facilidade", poucas pessoas conseguem o feito na dissertação. No último exame, num universo de mais de 6 milhões de inscritos só 77 conquistaram o pódio neste quesito. Em 2015, foram 104.

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O que muitos professores alegam é que estudar só atualidades, o que muita gente acredita, não é suficiente. Gabriela de Araújo Carvalho, que coordena o núcleo de redação do Curso Poliedro, em São Paulo, explica que um bom texto dissertativo-argumentativo de até 30 linhas precisa ter uma proposta de solução para um problema muito bem desenvolvida.

Para a professora, existem três erros que os estudantes recorrentemente cometem na hora de colocar suas ideias no texto. Abaixo, ela explica quais são:

1 – Fugir do tema solicitado

"É preciso ter muita atenção ao desenvolver o tema solicitado na redação do Enem. O vestibulando deve se ater as palavras-chave do assunto, com o intuito de garantir que não fugirá do enfoque. Em 2016, por exemplo, quando a redação solicitou 'caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil', palavras-chave importantes a serem utilizadas no texto foram 'caminhos', 'combate' e 'intolerância religiosa'."

2 – Não identificar o problema

"Um dos pressupostos da redação do Enem é o de que há um problema a ser resolvido. Neste sentido, o candidato deve refletir sobre o assunto e não apenas descrevê-lo. É preciso mostrar que esse problema desencadeia questões relativas aos direitos humanos."

3 – Criar uma proposta de intervenção confusa

"O terceiro ponto mais difícil para os candidatos ao Enem é detalhar a proposta de intervenção com clareza e coerência. É necessário propor de forma lógica as soluções pensadas para o problema identificado. A proposta precisa ter agente, detalhamento da ação (quem vai fazer, o que será feito e de qual forma), além de estar totalmente interligada àquilo que foi descrito no corpo do texto. Se o candidato estiver por dentro do tema pedido, relacionando-o aos direitos humanos e trazendo uma solução coesa e eficaz, pode ficar tranquilo ao desenvolver a redação."