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Reeducanda busca nova oportunidade através do Enem

Felipe Cabral
Felipe Cabral
Publicado em 14/12/2016 às 15:52
Foto: Fernando Portto/SJDH?.
Foto: Fernando Portto/SJDH?. FOTO: Foto: Fernando Portto/SJDH?.

Reclusa há cerca de um ano na Colônia Penal Feminina, no bairro do Engenho do Meio, Zona Oeste do Recife, Patrícia dos Santos Ferreira, 29, é uma das 47 inscritas da unidade prisional no Exame Nacional Ensino Médio para pessoas privadas de liberdade (Enem PPL). Assim como Patrícia, mais mil de reeducandos em Pernambuco respondem, nesta quarta-feira (14), as provas de redação, matemática e linguagens, códigos e suas tecnologias do exame. No País, são 54.358 participantes, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Patrícia vê no Enem uma oportunidade para conseguir uma vida melhor quando sair da prisão. "Quero me reinserir na sociedade e ter chance no mercado de trabalho", diz a reeducanda que deseja se graduar em turismo. Através do curso, Patrícia quer "conhecer novos lugares".

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Antes da prova, Patrícia demonstrava tranquilidade em relação às provas de redação e matemática, achava que essas seriam as mais fáceis. "Eu nunca reprovei em redação e nem em matemática, sempre me dei bem", explicou a reeducanda, que disse ter se preparado estudando duas horas por dia e fazendo revisões. Ela ainda arriscou um palpite para a redação: "Acho que vai ser sobre homofobia".

*Foto: Fernando Portto/SJDH.