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Campus Petrolina da UPE é um dos locais de prova do Enem ocupados por estudantes

Felipe Cabral
Felipe Cabral
Publicado em 20/10/2016 às 17:51
Enem_Divulgação FOTO:

O campus Petrolina da Universidade de Pernambuco (UPE), no Sertão do Estado, é um dos locais de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ainda ocupados por estudantes no contexto das manifestações que ocorrem em todo o País contra a reforma do ensino médio, a PEC 241 e o projeto Escola Sem Partido. O movimento ocorre desde o último dia 11 e teve continuidade reconfirmada na última segunda (17).

A situação pode afetar cerca de 2,4 mil candidatos alocados na instituição, caso a unidade acadêmica não seja desocupada até o dia 31 de outubro - data limite estipulada pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, para que as unidades acadêmicas sejam liberadas. Passado o prazo, as provas devem ser canceladas para os candidatos situados nessas unidades e reaplicadas, conforme foi determinado pelo ministro em coletiva realizada na quarta (19), em Brasília.

No País, a estimativa do MEC é que 95.083 candidatos sejam afetados com o adiamento do Enem em 181 locais de provas. Os exames serão aplicados nos dias 5 e 6 de novembro. Quem porventura tiver a prova cancelada, fará o novo exame em tempo hábil antes das inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), conforme garantido pela presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini. Não foram definidas datas para a realização das possíveis novas provas.

A mobilização na UPE reivindica principalmente melhorias estruturais no campus, entre elas, a que se refere à assistência estudantil, que estaria sendo inviabilizada devido a cortes de verbas por parte do governo estadual. "Os decretos de contingenciamento, lançados pelo atual governo do Estado, estão prejudicando o funcionamento do campus", diz nota publicada no site oficial do campus Petrolina.

De acordo com uma das líderes do movimento - que não quis se identificar -, a decisão atual é pela continuidade da ocupação mesmo com a determinação do MEC. "O sentimento entre os participantes do ato é de permanecermos ocupando. Mas a questão da realização do Enem será discutida ainda hoje [nesta quinta-feira (20)], em reunião com as comissões organizadoras", pontuou.