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Vestibular não precisa rimar com estressar

Isabelle Figueirôa
Isabelle Figueirôa
Publicado em 04/09/2015 às 10:40
Foto: Manoel Moura dos Santos/ divulgação
Foto: Manoel Moura dos Santos/ divulgação FOTO: Foto: Manoel Moura dos Santos/ divulgação

roseli-salesiano748 A pedagoga Roselis Alves, do Colégio Salesiano, dá algumas dicas para os feras

O terceiro ano do ensino médio na vida da maioria dos adolescentes que vai prestar vestibular é marcado por expectativa, tensão e ansiedade. Esses três sintomas - tão comuns em períodos de decisão - alteram as emoções do estudante, o que pode prejudicar na hora da prova.

Mas vestibular não precisa rimar com estresse. É o que defende a pedagoga e orientadora profissional do Colégio Salesiano, Roselis Alves da Silva, que lida todo dia com essa realidade, e dá algumas dicas para os feras.

"Quando esse tema [vestibular] vem sendo trabalhado desde a primeira série [do ensino médio], com acompanhamento da família, os adolescentes ficam mais tranquilos quando chegam ao terceiro ano", explica a pedagoga.

Segundo Roselis, a ansiedade é natural e comum entre pessoas prestes a entrar numa rotina diferente. "É como quando você vai trabalhar numa empresa nova, mas fazendo o mesmo trabalho. O mesmo acontece com o aluno que sai da escola e vai para a universidade", compara.

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No entanto, quando essa tensão passa dos limites e começa a prejudicar a vida do estudante, interferindo nos seus estudos, talvez seja o caso de um acompanhamento mais específico. "Quando chega a ser um problema patológico, a gente encaminha para um psicólogo clínico ou, se for o caso, para um psiquiatra", explica, acrescentando que, embora mais raro, alguns alunos podem até entrar em depressão.

O apoio da família é essencial nesta fase da vida do aluno, sem omissões ou cobranças excessivas. "Muitas vezes a escola fica sozinha. A gente sente que o aluno está carente, que precisa de ajuda, mas, por algum motivo, os pais estão ausentes", disse.

Uma das principais contribuições dos pais para minimizar a ansiedade do fera é apoiá-lo na sua escolha. "Mais do que o retorno financeiro do curso escolhido pelos filhos, as famílias precisam valorizar suas aptidões, habilidades e competências", conclui.

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